O budismo é uma religião originada na Ásia, porém muito difundida pelo ocidente. É cada vez maior o número de pessoas que se converte à corrente de pensamento espiritual, que tem como maior representante Buda – Siddharta Gautama. O budismo é, atualmente, a quinta maior religião do mundo. O budismo possui várias ramificações e uma delas é a de Nitiren Daishonin , que será dissertada neste artigo.
Nitiren Daishonin
O nome da corrente é o mesmo de um monge japonês do século XII.Nitiren defende que o Sutra (escritura) de Lótus é absoluto e muito mais abrange do que os outros Sutras do budismo, que representam uma verdade parcial sobre todas as coisas. O pensamento de Nitiren é minimalista; apenas uma frase é seguida e um mantra é utilizado. Há uma série de diferentes escolas seguidoras de Nitiren, e a maior divergência entre elas acontece quando o assunto é definir o verdadeiro papel do monge na religião.
Correlação com a física e a filosofia
Uma das características mais interessantes do budismo de Nitiren é sua relação com a física, principalmente no que diz respeito à relação causa e efeito (relatividade) entre as pessoas e substâncias. Para Nitiren, toda palavra, ação ou pensamento dos seres humanos no presente acarretam diretamente as situações que este viverá no futuro. Esse tipo de pensamento também se identifica com a corrente filosófica doexistencialismo, que coloca o homem que existe em posição dominadora de todas as coisas.
Nitiren recebeu vários títulos póstumos, e cada um deles é utilizado por uma das escolas. Nitiren Daishonin é mais utilizado por aqueles que descendem das escoladas descendentes da linhagem de Nikko. Nitiren também recebeu, da corte japonesa, títulos de honra e morreu reconhecido como grande e sábio e espiritualista.
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
Os benefícios da pratica budista,COMO PRATICAR O BUDISMO DE NITIREN DAISHONIN
COMO PRATICAR O BUDISMO DE NITIREN DAISHONIN
A resposta é: recitando o
NAM-MYOHO-RENGUE-KYO.
A prática dos ensinos do Budismo de Nitiren Daishonin é a recitação do Gongyo e do Daimoku.
Gongyo
É a recitação de parte do 2º e o 16º capítulos do Sutra de Lótus; e Daimoku é a recitação de Nam-myoho-rengue-kyo. Tudo se resume unicamente na fé.
Ela contém a verdade, a coragem, a sabedoria e a boa sorte. Inclui também a benevolência e a humanidade, bem como a paz, a cultura e a felicidade.
Fé significa eterna esperança; é o segredo para um ilimitado autodesenvolvimento. A fé é o princípio fundamental para o crescimento. Os seres humanos possuem um instinto inato e inegável de oração. A religião se tornou uma realidade em resposta a esse fato. A oração não surgiu por causa da religião; foi exatamente o contrário. Há vários momentos em que se pode sentir o desejo de orar: por exemplo, para tirar uma nota boa numa prova ou para que faça tempo bom. Mesmo aqueles que não se consideram religiosos rezam por algo. Apenas o fato de desejarem boa saúde para seus filhos, ou de decidirem se desenvolver de alguma forma, também constitui uma oração, ainda que não queiram chamar isso de oração.
A oração no Budismo de Nitiren Daishonin –
a recitação do Daimoku ao Gohonzon – coloca as nossas diversas orações em fusão com a realidade, tendo como base a Lei universal da vida. O que as pessoas adotam como seu objeto de adoração constitui algo de muita importância. No Japão, algumas pessoas adoram raposas
[ de acordo com a crença popular, esse animal possui poderes espirituais ].
Porém, adotando a raposa como seu objeto de adoração, a pessoa faz manifestar somente o estado de animalidade.
Isso ocorre pelo fato de a vida da pessoa entrar em fusão com o objeto de adoração, atingindo um estado semelhante ao incorporado nele.
Na verdade, o único meio de realmente despertar para essa maravilhosa prática é experimentá-la na própria vida.
É impossível compreender a fé ou a vida somente por meio da teoria ou lógica. A vida não é algo abstrato.
Deve ser vivida e sentida. É a história que construímos com nossos esforços e lutas em meio a nossa realidade.
O Gongyo e o Daimoku representam a cerimônia na qual nossas vidas entram em harmonia com o Universo.
O Gongyo é uma atividade em que, por meio de nossa fé no Gohonzon, vigorosamente colocamos em fusão o microcosmo de nossa existência individual com a energia vital do macrocosmo, de todo o Universo.
Se realizamos isso regularmente a cada manhã e noite, nossa energia vital – nossa máquina – é fortalecida.
O Universo é composto por um incalculável número de partículas elementares: prótons, elétrons, nêutrons, fótons; e também por átomos que compreendem os elementos químicos, tais como hidrogênio, oxigênio e cálcio. Essas mesmas partículas e elementos constituem nosso corpo.
Um estudioso sugeriu que " o corpo humano é feito do mesmo material que das estrelas", e denominou os seres humanos de "filhos das estrelas".
Nosso corpo não somente é feito da mesma composição do Universo como também é governado pelos mesmos princípios básicos de geração e desintegração e pelo ritmo de vida e morte que permeia o cosmos.
Quando fazemos o Gongyo e o Daimoku diante do Gohonzon, o microcosmo de nossa vida individual entra em fusão com o macrocosmo do Universo. Alguém poderia perguntar por que a recitação do Daimoku e a leitura do Sutra trazem benefícios mesmo sem se compreender o significado dos caracteres.
Um bebê toma o leite da mãe e se beneficia com esse ato; no entanto, ele faz isso sem conhecer a composição do leite.
O mesmo acontece quando recitamos o Gongyo e o Daimoku. Naturalmente, será muito melhor se compreendermos o significado; porém, isso somente nos ajudará a fortalecer nossa convicção na Lei Mística.
Contudo, se tal compreensão não for acompanhada da prática, então ela perderá definitivamente seu significado.
Em 1273, quando estava exilado na ilha de Sado, no Japão, Nitiren Daishonin escreveu uma carta a seus discípulos e seguidores, intitulada
"Prática dos ensinos do Buda".
O título "Prática dos ensinos do Buda", literalmente significa praticar em exato acordo com os ensinos do Buda. Há duas interpretações disto.
Uma é que Nitiren Daishonin viveu de acordo com os ensinos de Sakyamuni e cumpriu todas as profecias do Sutra de Lótus. Uma outra é que as pessoas dos Últimos Dias da Lei (Mappo) devem cumprir os ensinos de Daishonin.
Para Daishonin, o "ensino" foi o Sutra de Lótus exposto por Sakyamuni, e para nós é o Nam-myoho-rengue-kyo das Três Grandes Leis Secretas que Nitiren Daishonin ensinou e também os seus ensinos compilados do Gosho.
Numa outra carta intitulada:
"O Verdadeiro aspecto de todas as Leis", Daishonin prediz que o Kossen-rufu (paz mundial) sem falha será alcançado no futuro, e conclui estabelecendo o núcleo da prática budista na era de Mappo (nossa era) para a eternidade – o caminho da fé, prática e estudo. E.N.D., vol I: "(...) Exerça-se nos dois caminhos da prática e do estudo. Sem estes dois, não pode haver Budismo.
Não somente o senhor deve se perseverar, mas também deve ensinar aos outros.
Tanto a prática como o estudo surgem da fé. Deve contar aos outros com o melhor da sua habilidade, mesmo que seja somente a respeito de uma única sentença ou frase." No Budismo de Nitiren Daishonin, o conceito de "prática" é definido pelo princípio de Jigyo keta, cujo significado literal é "prática individual e prática altruística". A prática individual (jigyo) corresponde à leitura diária do sutra (Gongyo da manhã e da noite) e da recitação do daimoku (Nam-myoho-rengue-kyo), com fé no Gohonzon, visando à felicidade pessoal.
A prática altruística (keta)
consiste em ensinar os outros os benefícios do Gohonzon e a grandiosidade da filosofia budista.
Abrange, portanto, o chakubuku, a orientação, as palestras e quaisquer esforços para incentivar alguém a aprofundar sua fé no Gohonzon.
Freqüentemente, ouve-se a queixa: "Como posso incentivar uma outra pessoa quando não consigo fazê-lo a mim mesmo?" Podemos pensar que estamos longe, muito distantes, do ideal do bodhisattva que considera o sofrimento de todos os seres como se fossem seus. Porém, esse ideal pode estar muito mais próximo do que imaginamos. Por exemplo, neste exato momento cada um de nós, sem exceção, tem algum problema que é uma fonte de frustração ou sofrimento.
Nosso serviço é insatisfatório, não sabemos com pagar o aluguel do próximo mês, temos alguma doença grave etc. Há uma diferença muito grande entre nossos ideais e nossa realidade.
Nós nos desprezamos. Não conseguimos nos comunicar com outras pessoas. Queremos nos casar e não conseguimos.
Somos casados e desejaríamos que não fôssemos.
Todos têm a sua origem de sofrimento. Algumas vezes, as nossas próprias dificuldades podem parecer tão grandes que sentimos não ter condições de considerar o problema de ninguém mais. Nossa formação pode nos dizer que falar dos grandes benefícios do Gohonzon quando nosso coração não os está sentindo seria uma hipocrisia.
Entretanto, o budismo adota uma visão bastante diferente do nosso modo costumeiro de pensar. A atitude budista é que, em vez de esperar para agir quando tivermos sentimentos apropriados, devemos primeiro agir e então os sentimentos virão por si sós. Experimentamos isso, por exemplo, na prática diária do Gongyo. Nem sempre estamos dispostos a fazer o Gongyo. Porém, se mesmo assim sentarmo-nos diante do Gohonzon e começarmos o Gongyo, acabamos sentindo alegria e satisfação. O mesmo é verdadeiro com relação ao encorajamento de outras pessoas na fé.
Podemos estar profundamente desanimados com os nossos próprios problemas. Porém, quando nos esforçamos para incentivar uma pessoa ou para falar sobre a existência do Gohonzon para alguém que está sofrendo, percebemos que mesmo antes de terminarmos de falar a nossa tristeza já se dissipou e a nossa esperança reapareceu. Embora não seja óbvio à primeira vista, há uma vasta diferença no mundo interior de uma pessoa que considera sua prática budista como algo somente para o seu próprio benefício e uma outra que deseja sinceramente compartilhar seus benefícios com as outras. Com a primeira atitude, a pessoa tende a se paralisar. Com a segunda, consegue renovar eternamente a sua esperança, a coragem e a alegria de viver. Nitiren Daishonin mostra neste Gosho (Prática dos ensinos do Buda) que a verdadeira prática é o chakubuku, isto é, transmitir o Verdadeiro Budismo a muitas outras pessoas, ajudando-as a dirigir suas vidas para a auto-perfeição. Ele revelou que a iluminação provém da firme fé no Gohonzon e enfatizou a importância da prática para si mesmo – Gongyo e Daimoku.
A "Prática dos ensinos do Buda"
foi subseqüentemente escrito para esclarecer a importância da prática para os outros – chakubuku. Qualquer filosofia sem a sua prática é uma idéia morta, e a prática sem filosofia não pode ser senão impulsiva e unilateral. O importante é reconciliar a filosofia com a prática, pois a grandeza de uma filosofia somente é reconhecível quando brilha pelo comportamento e experiência da pessoa.
Este Gosho ensina-nos a praticar o Budismo de Nitiren Daishonin com a nossa mente, palavras e ações. E.N.D., vol. I: "Os que crêem no Sutra de Lótus viverão pacificamente em sua existência e renascerão num bom lugar no futuro".
Nitiren Daishonin, contudo, ensina que quando a pessoa pratica seus ensinos, os três poderosos inimigos surgirão sem falhas. Podemos viver uma vida pacífica somente com uma constante luta contra estes três. Ele explica que uma vida pacífica não é uma vida livre da preocupação ou ansiedade, mas uma independente e realizada, isto é, nunca frustrada por quaisquer problemas.
"A prática do Sutra de Lótus é chakubuku, a refutação das doutrinas provisórias."
"A prática dos ensinos do Buda" significa alcançar o Kossen-rufu (paz mundial) através do chakubuku. Enquanto se viver, existirão infindáveis sofrimentos e lutas como a doença (seja de si próprio ou de um membro da família), a morte, os problemas financeiros, os problemas de relacionamentos, as insatisfações por não poder obter aquilo que deseja, etc. Não há como fugir deles.
São realidades da vida.
A prática da fé, o Daimoku, é a força que realiza, infalivelmente, o hendoku iyaku (transformação do veneno em remédio). O sofrimento "veneno" transforma-se no remédio chamado "felicidade". Quanto maiores os problemas e sofrimentos, maior será a felicidade a ser alcançada.
Esta é a força do Daimoku e, por esta razão, aquele que recita a Lei Mística não teme nada, pois não há nada o que temer. Mesmo uma pequena árvore balança a um mínimo de vento. Entretanto, quando transforma-se numa árvore frondosa, não se abala diante de nenhuma tempestade. As pessoas também, se possuírem uma força vital fraca, serão facilmente influenciadas mesmo pela menor brisa de infortúnio. Não há outro caminho senão o de fortalecermos a nós mesmos.
Devemos nos tornar "árvores frondosas" inabaláveis mesmo diante dos mais poderosos ventos e das mais terríveis tempestades. Praticamos a fé de forma a conduzir nossa revolução humana a fim de desfrutar tais vidas e desenvolver tal força interior. Embora imperceptível aos nossos olhos, uma árvore está sempre crescendo, dia a dia.
O nosso Daimoku também, apesar de igualmente imperceptível, diariamente está nutrindo nosso crescimento como uma grande e frondosa árvore de boa sorte.
A Lei Mística é o maior dos tesouros do universo. Portanto, recitar o Daimoku significa estar, diariamente, acumulando tesouros em nossas próprias vidas. Por outro lado, o Daimoku também age para limpar as causas negativas do passado assim como a água suja e turva é lavada pela água pura e límpida. Entretanto, o processo de limpeza leva tempo. No início, existe um pouco de água turva, ou seja, existe uma luta contra o próprio carma. Uma luta a qual, através da força do Daimoku, já foi consideravelmente amenizada. Conseqüentemente, perseverar na fé é vital, pois tudo se transformará drasticamente quando a vida de uma pessoa tornar-se completamente purificada. Infalivelmente haverá de se transformar numa existência de "felicidade indestrutível", transbordante de boa sorte e invulnerável a tudo.
Tudo se torna prazeroso. Existe satisfação mesmo sem se ter fama ou riquezas. Instante a instante, os momentos serão de pleno contentamento. Tudo parecerá belo e pleno de alegria. Instantaneamente se poderá discernir a verdade e se distinguir o bem do mal. Vocês serão capazes de pensar no bem-estar das pessoas em quaisquer circunstâncias. Este é um estado de espírito que vocês serão capazes de desenvolver através da fé. Por isso, o caminho da felicidade não é, de forma alguma, algo difícil de se encontrar. Em nosso mundo da fé dedicado à realização do Kossen-rufu, todos os que continuam resolutamente a recitar o Daimoku serão os verdadeiros vitoriosos. Com toda certeza, haverão de desfrutar uma vida de "felicidade absoluta", ou seja, o Estado de Buda.
O fundamental é que, compreendendo este único ponto, suas vidas estarão seguras para toda a eternidade. Além do mais, não existe mais nada de especial além do fato de recitarmos Daimoku. É necessário nos tornarmos pessoas de bom senso, corretas e admiráveis dentro da sociedade. De fato, praticamos a fé para nos tornarmos cidadãos exemplares, bons pais, bons maridos ou esposas e bons filhos. É um Budismo que possibilita a elevação do próprio estado de vida, permitindo-nos tornar alguém assim. Será uma completa derrota pessoal se praticarem fervorosamente por apenas algum tempo, com uma "fé de fogo", e, mais tarde, acabarem abandonando a fé. Desafiar a si próprios em pequenos progressos está perfeito. O importante é que vocês desenvolvam uma "fé como água corrente" que flui contínua e incessantemente como um rio que gradativamente aumenta de tamanho até desembocar no vasto oceano.
O Budismo existe para libertar as pessoas, não para restringi-las. O importante é se dedicarem, mesmo um pouco, todos os dias. O alimento que ingerimos diariamente transforma-se em energia para o nosso corpo. Nossos estudos, também, tornam-se um bem valioso quando dedicamos firmes esforços a isso dia após dia. Por essa razão, devemos viver cada dia de forma a nos desenvolvermos continuamente. e a força propulsora para realizarmos isso é o Gongyo. Num certo sentido, não existe uma prática budista mais simples do que fazer o Gongyo e o Daimoku. não temos que praticar estranhas austeridades como em algumas tradições budistas esotéricas. Também no caso de um mecanismo, quanto mais sofisticada for a tecnologia, será mais fácil operá-lo. Da mesma forma, a superioridade do Budismo de Nitiren Daishonin nos capacita a extrair o estado de Buda por meio da prática mais simples. No entanto, uma vez que a prática budista é realizada em meio a nossa vida diária, é muito fácil ficarmos com preguiça, ou negligenciá-la. Por isso, talvez não haja nenhuma prática mais difícil do que a da continuidade. Todavia, se desafiarmos para realizá-la um pouquinho mais cada dia, sem perceber teremos construído um caminho para a felicidade na profundeza da nossa vida; teremos construído um sólido dique que impedirá de sermos arrastados para a infelicidade.
O Nam-myoho-rengue-kyo incorpora o nome e a vida de Nitiren Daishonin. Aquele que recita o Daimoku consegue evidenciar o estado de vida do Buda Nitiren Daishonin dentro da sua própria. Certamente haverá de se atingir o Estado de Buda. Não existem budas que ficam sofrendo eternamente na pobreza. Também não existem budas cruéis ou malvados, como não existem budas fracos que são derrotados na vida. Buda é um outro nome para uma pessoa que está determinada a vencer não importa o que aconteça.
Issis Antunes
Os benefícios da pratica budista
Sem perceber a natureza da própria vida, as pessoas não conseguem erradicar as graves ofensas, que se referem à ignorância, a origem de todo o mal. Essa ignorância faz com que as pessoas cometam calúnias à Lei, denegrindo-a ou ao ensino correto do Budismo Nitiren.
No Budismo de Tient’ai, somente é possível erradicar essa ignorância por meio da prática da observação da própria mente; em outras palavras, da sabedoria. No Budismo Nitiren, a escuridão fundamental é erradicada pela espada cortante da fé, de acordo com o princípio de “substituição da sabedoria pela fé”. Essa é a essência da prática da recitação do Daimoku.
Ou seja, se a pessoa buscar a iluminação ou o benefício fora de si, não estará seguindo a prática da “observação da própria mente” — o caminho que permite vencer o mal fundamental da ignorância ou escuridão. Por isso, todos os esforços e boas ações para atingir a iluminação serão sem efeito; inúteis como calcular a imensa riqueza do vizinho. Como nenhuma dessas atitudes levará à erradicação da ignorância, se tornará uma “austeridade angustiante e sem fim”.
Por exemplo, se recitar Daimoku e, ao mesmo tempo, culpar os outros ou as circunstâncias, estará evitando o desafio de enfrentar a própria ignorância ou escuridão. Isso é o mesmo que buscar a iluminação ou os benefícios fora de si. Ao mudar interiormente num nível fundamental, começará a melhorar a situação. A oração é a força motriz dessa mudança.
É também importante não cair na armadilha de desenvolver uma fé dependente, depositando as esperanças de que as orações serão respondidas graças a poderes divinos ou transcendentais de deuses e budas. Esse é um exemplo típico de uma pessoa que vê a Lei fora de si mesma. Esse tipo de fé, cuja essência é o escapismo, era mantida pelos seguidores dos budas provisórios dos ensinos pré Sutra de Lótus.
Mesmo que esteja sofrendo, se tiver uma fé dependente, evitará os problemas. Não terá coragem para desafiar nem realizar esforços para mudar as circunstâncias. No entanto, sem empenho não há como acionar as engrenagens da revolução humana. Nesse caso, a fé serve como escudo para as pessoas se esconderem e fugir da realidade. Assim, elas esperam que os benefícios aconteçam apenas por estarem praticando o budismo. Sem enfrentar de frente os problemas e situações, nada muda, levando à dúvida.
As queixas e as lamentações são as principais portas pelas quais as dúvidas e as descrenças se infiltram. Porém, muitas vezes, mesmo sabendo que estão erradas, as pessoas agem dessa forma. Quando queixas e lamentações se tornam um hábito, funcionam como um freio que as impedem de crescer e avançar. É como se bloqueassem seu potencial, caindo no caminho da busca pela Lei fora de si mesma. Apesar de ser um grande desafio parar de lamentar, a Lei Mística possibilita às pessoas manifestarem a sabedoria para controlar essas tendências e usá-las como um trampolim para o crescimento e o desenvolvimento individual.
Fonte: 1. Quarta parte da explanação do presidente da SGI, Daisaku Ikeda, do escrito “Sobre atingir o estado de Buda nesta existência”, publicada na revista Terceira Civilização, edição no 463, março de 2007, pág. 41.
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Relatos que comprovam os benefícios positivos da prática buista de Nitiren Daisonin
Relato espírita de um Budista
Recebi um email que continha um relato fantástico e muito corajoso feito pelo Wanderson Nunes Ferreira, que aqui, com a devida autorização, divido com vocês.
"Eu fui espírita kardecista por aproximadamente 15 anos. Neste período me dediquei a estudar a doutrina. Li os livros dos espíritos, dos médiuns e o evangelho segundo o espiritismo, entre outros. Fiz vários cursos:
Curso de desenvolvimento mediúnico,
curso de passes espirituais,
curso de terapias espirituais...
Desenvolvi minhas muitas mediunidades:
psicografia,
psicofônia,
desdobramento,
clarividência,
ouvia o mundo espiritual,
pictografia, entre outros...
Trabalhava no centro assiduamente às segundas, terças, quintas e sábados. Foi um período muito bom na minha vida. Aprendi muito. Foi lá que aprendi sobre a lei de causa e efeito, reencarnação e vida após a morte.
Na época que ouvia espíritos e me comunicava com eles não percebia nenhuma conduta de baixo estado de vida. Pelo contrário, vivia feliz e muito mais equilibrado antes mesmo de chegar lá no centro. Com o kardecismo aprendi a administrar melhor minha sensibilidade e desenvolver minha autocura. Acrescentou em muito as técnicas de autopasses, por exemplo. Cheguei a ter bons amigos espirituais que me acalentavam muito, os bons espíritos me assistiam e me passavam mensagens que ajudou em muitos períodos de crise, cresci e realizei uma verdadeira reforma íntima no meu ser.
Quando fui convidado a ser budista (e dia 06/07/2011 fez três anos) pensei muito nessa mudança. Deveria haver um significado maior nesta religião que superasse minhas expectativas diante do espiritismo cristão.
Eu já estava cansado do cristianismo, acredito que a mensagem do Cristo, um verdadeiro Buda, foi totalmente deturpada e moldada às manipulações do clero interesseiro e egoísta. Nada tem haver hoje a Bíblia dos verdadeiros propósitos do Cristo. [opinião minha]. Eu já percebia também que o espiritismo passa uma mensagem subliminar de pedinte. Você é encorajado a se libertar de várias amarras kármicas, mas ao mesmo tempo, a essência da doutrina te põe aos pés de um deus superior, espíritos superiores, anjos, mentores, o qual você tem que pedir, pedir, pedir...
Lembro de várias orações que praticávamos, além das espontâneas: Pai nosso.... o pão nosso de cada dia DAI-NOS hoje.... Senhor, FAZEI-ME instrumento de vossa paz.... perdoe nossos pecados... dai nos a fé e a razão, dai nos a caridade pura.... dai... dai... dai..... peço perdão, perdoai, perdoai... Entendi, tempos depois, que não devia pedir perdão por nada. Que não existe nada e ninguém superior. Somos todos iguais, veja a contradição cristã: "Deus fez o homem a sua imagem". Oras, se você faz alguém a sua imagem, como pode ser superior a ela? Deus é deus. Ainda somos dotados de fraquezas e mazelas, mas o cristianismo prega um deus fora de você, uma cura fora de você, uma felicidade fora de você, distante, vindoura, num lugar que não é esse, não está em você. Os cristãos só fazem lamentar, pedir para que se retire o mal, para que cessem os sofrimentos.....
"oramos ao senhor nosso deus para que haja paz no mundo, pedimos que nunca nos deixe sofrer, oramos para nos conduzir pela paz, pedimos sua benção, pedimos que me perdoe, pedimos, pedimos.
Descobri no budismo de Nitiren Daishonin que não devemos pedir nada nem a deus, nem a ninguém. Somos responsáveis exatamente por aquilo que temos. Se minha vida vai mal, não é castigo, é consequência. Isso significa que fiz algo antes que desencadeou o que vivo agora. Se quero um futuro melhor, de paz, saúde, prosperidade, "benção" ou boa sorte. Ninguém vai me dar isso, ninguém mesmo. Eu é que tenho que fazer causas positivas, desafiar meu karma, talvez de preguiça, talvez de reclamão, de intolerante, de vítima, de ódio, eu e somente eu, tenho o destino nas minhas mãos, eu vou mudá-lo, eu transformo meu karma, minha vida e meu mundo a partir de bons atos, bons pensamentos, boas atitudes, ou seja, com criação de novos valores efetivando uma verdadeira revolução humana na minha vida. Como pode, por exemplo, você tratar bem as pessoas que convivem com você, com amor, respeito, valorização, dar bom dia as pessoas de seu bairro, comunidade e cidade. Honrar seu pai e sua mãe, tecendo o diálogo com eles, sendo verdadeiro.
Sendo menos mesquinho e possessivo nos relacionamentos amorosos, sendo menos sovina com seu dinheiro, menos capitalista e materialista.... adotar o humanismo como padrão de vida, semear a paz, conduzir as pessoas ao verdadeiro estado de felicidade.... como.... como ainda assim, você vive em lamentação, doença e desgraça?
Não. A partir do momento que você muda, que você transforma seu karma, que você se responsabiliza pela sua vida, por tudo que vive nela, que você tem que mudar sua sorte, seu destino, ninguém, nenhum deus irá interferir. Porque você encontrou a verdadeira felicidade, é realmente feliz, independentemente das condições, nada é problema ou sofrimento, tudo é boa sorte e oportunidade de evidenciar o verdadeiro buda que existe dentro de você. Evidenciar o Deus que mora em você. Evidenciar o paraíso prometido que está dentro de você, com você e agora.
Foi isso que aprendi no budismo e selei de fato minha conversão à essa maravilhosa doutrina, filosofia e religião. O budismo é algo realmente libertador e encorajador para fazermos de nossas vidas exatamente aquilo que desejamos, sem precisar intermediários. Nam-myoho-rengue-kyo. Estou aberto para novos diálogos, gosto muito. Wanderson Nunes Ferreira Converti-me em Corumbá/MS e sou filho dessa terra, de Jardim." Postado por Cesinha Chaves
http://www.budanaweb.com/ ISSSIS ANTUNES
2º RELATO
Minha irmã com o Gohonzon e Zoye, sua segunda apresentadora
Desde que recebi meu Gohonzon em 25 de outubro do ano passado, comecei uma luta para fazer chakubuku em meus amigos e familiares. Eu queria que todos tivessem a oportunidade de sentir a felicidade que eu sinto por recitar o daimoku. Decidi que concretizaria muitos chakubukus e percebi que a melhor forma de fazer isso era melhorar minha postura diante da vida e jamais negar ajuda quando encontrasse alguém em sofrimento. No ano seguinte, aconteceu a convenção de 3 de maio quando todos nós juramos concretizar um chakubuku até o final de 2009.
Eu achei o desafio fácil, fiz a promessa de realizar cinco chakubukus até o fim do ano. Comecei fazer daimoku para que eu pudesse fazer a minha revolução humana porque só assim poderia cumprir essa tarefa que com o passar dos meses parecia árdua. Foi numa conversa no shopping Tijuca com a minha mãe que eu tive a oportunidade de falar do budismo e de como essa prática transforma tudo em nossas vidas. Essa determinação no meu discurso foi essencial para que ela mesma me pedisse para ir a uma reunião de palestra. E de quebra ela ainda levou o meu irmão. Em seguida, convidei cinco amigos para cantar com sua banda na convençaõ anual da DMJ da minha comunidade. Foi um sucesso, não só porque os convidados adoraram a participação deles, mas principalmente porque eles ficaram fascinasdo em conhecer de perto a organização. No fim da reunião, todos os meus amigos vieram me pedir para ir numa reunião perto da casa deles. Foi quando eu anotei num papel a lista de todo mundo que eu iria fazer chakubuku.
Depois, foi minha irmã e que me ligou de Seattle nos EUA onde ela mora falando que ela e meu cunhado estavam tendo problemas com a empresa deles. O momento foi cruxial, assim que eu vi que aquela situação estava causando sofrimento a minha irmã, falei que se ela recitasse o nam myoho rengue kyo que ela certamente iria solucionar aquele problema. Ela se empenhou ao máximo na prática e passou a frequentar as reuniões da Soka Gakkai nos EUA.
Logo em seguida ela resolveu o problema nos negócios. A concretização desse objetivo ajudou a ela a tomar a decisão de receber seu Gohozon bem antes do que eu imaginava e no dia 13 de setembro de 2009 fiz o meu primeiro chakubuku com a ajuda da Zoye, membro da SGI nos EUA que orientou a minha irmã. Enquanto isso, minha mãe frequentava todas as reuniões de bloco sem falta. E ainda começou a levar meu pai junto. Parecia um desafio insuperável porque a pesar de estudar muito o budismo de Nitiren Daishonin, minha mãesentia muita dificuldade por ter sido católica por 61 anos. Mas mantive minha certeza de que era o budismo que iria renovar a vida dela. E como não existe oração sem resposta, minha mãe recebeu seu gohonzon no dia 25 de outubro desde ano, no mesmo dia em que eu recebi o meu no ano anterior. E eu não era o único filho naquela cerimônia a fazer chakubuku na mãe.
A Ingrid deu relato no começo da cerimônia dizendo que a mãe dela também estava lá para receber o Gohonzon. Nesse dia em que eu concretizei meu segundo chakubuku, disse ao Alexandre Dantas que ainda faltavam três porque eu havia prometido ao Sensei cinco até o fim do ano. Na semana seguinte, recebi um telefonema de Brasília. Era o Koichi, membro da BSGI e DMJ responsável do bloco onde meu amigo Daniel frequenta as reuniões desde que eu apresentei o budismo Nitiren a ele. (O Daniel esteve na convenção da DMJ que eu falei agora a pouco). O Koichi veio me trazer a notícia de que o Daniel tinha assinado o termo para receber o Gohonzon. Eu fiquei muito feliz com a notícia e com o cuidado do Koichi em me avisar a novidade. Essa foi uma vitória de uma luta que tinha começado a bastante tempo. O Daniel recitou o nam myoho rengue kyo pela primeira vez na cerimônia de consagração do meu Gohonzon e depois, sempre que vinha ao Rio, participava de alguma reunião. Por isso, mesmo com a distância, não podemos desanimar e sim encontrar a ajuda de outros membros como o Koichi que ao me ajudar também cumpriu seu juramento ao mestre. Então, eu liguei imediatamente pro Daniel e foi aí que eu percebi a grandiosidade do ato de fazer chakubuku.
O meu amigo me disse que estava muito feliz em poder recitar o daimoku e que a vida dele tinha mudado muito desde que começou a frequentar as reuniões da Soka Gakkai. Ele disse que tem aproveitado muito melhor as oportunidades que surgem na vida como, por exemplo, a viagem que ele fez a NYC em setembro. Ele disse que foi a primeira vez que ele conseguiu realmente aproveitar uma viagem porque estava mas tranqüilo em aproveitar o momento presente ao invés de querer cumprir todo um roteiro pré determinado. Esse pequeno relato é muito significativo pra mim que o conheço bem e sei como ele reagia mal quando algo que estava planejado não acontecia da forma que ele pensou. Ele compreendeu que somos nós que temos que nos modificar diante dos contra tempos. Foi isso que me deixou mais feliz, ver que ele tinha conquistado o que há de mais importante nesse processo, a sua revolução humana. Afinal Nitiren Daishonin afirma:
“ Se buscar a iluminação fora de si mesmo, então, mesmo que realize dez mil práticas e dez mil boas ações tudo será em vão”.
Esse é o papel do Bodhsattva da Terra, propagar a Lei e levar a felicidade às pessoas. Não é por obrigação que eu busco cumprir o juramento ao Sensei de propagar a Lei. Mas porque eu venho recebendo uma infinidade de benífios na minha vida através da minha revolução humana. E o que eu mais recebo são palavras elogiosas daqueles que eu ajudei a conquistar a felicidade. Como, por exemplo, as palavras do meu amigo que estuda em Madrid pra que eu ensinei o daimoku. O Tiago está fazendo um curso de fotografia em Madrid e já passou por todo tipo de problemas desde ficar sem casa pra morar até ficar sem dinheiro pra pagar as contas. Eu venho incentivando ele a recitar o daimoku sempre que ele reclama de um problema novo. Agora que ele está recitando, surgiu um novo desafio que é conseguir manter o visto de trabalho. Ao invés de lamentar ele me disse no MSN o seguinte:
“ se não der certo, tudo bem… procuro outra coisa, mas tudo bem… eu consigo.
Apesar de tudo, sou muito feliz e é isso que importa!
Obrigado por me ajudar, levo tudo o que você me diz em consideração. Eu fiquei muito feliz de ver que meu amigo estava superando as dificuldades sem sofrer. Vendo que as adversidades serão superadas. Por isso, sempre que virmos alguém sofrendo, é nossa obrigação mostrar que é possível transformar tudo com a recitação do daimoku. Não podemos ser omissos nesse momento e sim devemos ter a coragem de propagar a Lei Mística. Eu me comprometi a fazer cinco chakubukus até o fim do ano e agora faltam dois. Hoje tenho cinco amigos freqüentando reuniões em Copacabana, Santa Teresa e Tijuca. Meu pai e meu irmão estão indo no meu bloco. E já levei mais outros cinco amigos à reuniões e lá recitaram o nam myoho rengue kyo pelo menos uma vez. A Silvinha está me ajudando a realizar outro chakubuku no Humaitá. Ás vezes é bem difícil realizar todas essas tarefas, mas foi o caminho que eu escolhi e que tem me feito muito feliz. Obrigado pela atenção de todos.''
Maurício Borges, Rio de Janeiro, RJ
Paulo Junior