O Daimoku é a prática budista mais elevada porque é um ensinamento de máximo humanismo. Sua principal qualidade está no fato de que qualquer pessoa, em qualquer lugar, pode realizá-lo. Sendo uma prática fundamental, entenda por que o Nam--myoho-rengue-kyo é a palavra utilizada na recitação.
A suprema iluminação
O primeiro passo é entender o significado de manifestar o estado de Buda. Quando uma pessoa manifesta a suprema iluminação, significa que ela despertou para a “verdade mística que sempre existiu inerentemente em todos os seres vivos”.
Acessível a todos
O grande diferencial do Budismo Nitiren é a revelação da Lei suprema na vida das pessoas. A filosofia budista não revela essa verdade fora da nossa vida. Por isso, a prática budista é acessível a qualquer pessoa porque não depende de condições externas.
Igualdade e diversidade
A realidade exterior é diferente para cada pessoa por vários motivos: culturais, comportamentais, étnicos, econômicos etc. Cada ser humano é único e digno do mais elevado respeito porque compartilha de uma única verdade na realidade interior: somos todos dotados de vida e, por isso, temos um ilimitado potencial criativo.
Supremo bem
O significado prático disso é possibilitar à pessoa realizar o supremo bem em qualquer ação cotidiana. Isso porque ela reconhece e se inspira em seu poder interior ilimitado para vencer num nível fundamental todos os seus sofrimentos.
Liberdade e sabedoria
Em outras palavras, significa que ela tem liberdade e sabedoria para acabar com o sofrimento e conquistar a felicidade absoluta em sua vida.
Caminho interior
O humanismo do Budismo Nitiren é insuperável porque acredita no potencial ilimitado do ser humano.
Superar sofrimentos
Vencer os sofrimentos num nível fundamental se refere à vitória sobre os sofrimentos do nascimento e da morte. Esse foi o ponto de partida do Buda Sakyamuni ao atingir a iluminação e também a conclusão do Budismo. Portanto, “despertar para a verdade mística” é o único meio para se libertar desses sofrimentos. Vencer o sofrimento da morte habilita o indivíduo a superar qualquer outro.
Supremo respeito à vida
O Sutra de Lótus revela que a filosofia do “caminho interior” é a mais elevada porque ensina que todas as pessoas, sem exceção, podem manifestar a iluminação.
Iluminação Universal
Iluminação Universal é possibilitar a todas as pessoas perceberem essa “verdade mística que sempre existiu inerentemente em todos os seres vivos”.
Antes, não era acessível
Antes do Buda Nitiren Daishonin, o grande Mestre Tient’ai, da China, tentou estabelecer esse caminho. Ele atendeu a um número limitado de praticantes. Mas não era universal por não ser acessível a todas as pessoas.
Agora é acessível
Nitiren Daishonin se iluminou para a “verdade mística” e abriu um caminho universal que garante a iluminação de todas as pessoas.
Um nome para a “verdade mística”
O primeiro passo dado por Daishonin para abrir o caminho da Iluminação Universal foi dar um nome à “verdade mística”.
Denominar para compartilhar
Sobre a importância do nome, o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, explica: “Dar um nome é um processo criativo. Quando se nomeia compreendendo perfeitamente a essência daquilo que se está nomeando, obtém-se extraordinário resultado. A perfeita denominação permite que as pessoas em geral possam compartilhar os valores daquilo que recebeu o nome” (Terceira Civilização, edição nº 461, janeiro de 2007, p. 40).
Recitar e propagar
A “verdade mística” não tinha nome. Como Daishonin despertou para essa verdade, foi capaz de dar o nome mais apropriado. Isso abriu o caminho para a prática de recitar e propagar.
Porque o nome é Myoho-rengue-kyo?
Nitiren Daishonin afirma no escrito “A entidade da Lei Mística”: “O princípio supremo não tinha originalmente um nome. Quando o sábio percebeu a misteriosa Lei (Myoho) que se embasava na simultaneidade de causa e efeito (Rengue), denominou-o de Myoho-rengue. Essa Lei única que é Myoho-rengue abarca dentro de si todos os fenômenos que compreendem os dez estados de vida e os três mil mundos, sem carecer de nenhum deles (Kyo). Todos aqueles que praticarem essa Lei obterão simultaneamente a causa e o efeito do estado de Buda” (Explanação Sobre Atingir o Estado de Buda Nesta Existência, p. 30).
O título do Sutra de Lótus
O presidente Ikeda explica: “O termo ‘Myoho-rengue-kyo’ já existia antes, pois era o título do Sutra de Lótus. Mas, Daishonin foi o primeiro a identificar Myoho-rengue-kyo como o nome do princípio do ‘verdadeiro aspecto de todos os fenômenos’ que, conforme ensina o Sutra de Lótus, é a profunda sabedoria de todos os budas” (Terceira Civilização, edição 461, janeiro de 2007, p. 40).
Nasce o Daimoku
O passo seguinte de Nitiren Daishonin foi estabelecer a prática da recitação do Daimoku. Daishonin agregou a palavra “Nam” (variação fonética de Namu) à verdade universal de Myoho-rengue-kyo e estabeleceu a prática que consiste em recitar e propagar essa verdade.
Significado de Nam
Nam significa “dedicar a vida a”. Recitar Nam-myoho-rengue- -kyo expressa a determinação e o juramento de dedicar nossa vida à verdade de Myoho-rengue-kyo em pensamentos, palavras e ações. Dedicar a vida significa viver no estado de Buda.
O ponto-chave da recitação
O presidente Ikeda afirma: “O ponto-chave na recitação de Daimoku no Budismo Nitiren não está em simplesmente falar o nome de uma ‘verdade externa’. A recitação do Daimoku é uma prática para revelar a ‘verdade interior’ que permeia tanto o universo como nosso próprio ser, e viver de acordo com essa verdade” (Ibidem, p.45).
Vamos rever a história do budismo
Embora o Sutra de Lótus expusesse que as pessoas deviam abrir os olhos para a “verdade mística”, com o tempo, elas perderam de vista que essa verdade existia dentro delas.
Prática meditativa
Nesse contexto, Tient’ai estabeleceu uma prática meditativa para possibilitar às pessoas manifestarem o estado de Buda em sua vida. Esse método da meditação para “observar a mente” pode ser visto como uma prática apropriada que restaurou o caminho correto do Sutra de Lótus.
Conclusão
Para possibilitar que todas as pessoas percebam e compreendam a “verdade mística inerentemente em todos os seres vivos”, Nitiren Daishonin deu a essa verdade o nome de Myoho-rengue-kyo e estabeleceu a prática da recitação e da propagação desse nome; ou seja, a prática do Daimoku. Portanto, ele revelou o caminho para que todos dedicassem sua vida à “verdade mística” e vivessem com base nela.