segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Convite Reunião de Palestra




Contamos com sua presença!!!!!!

Data: 24/02/2013 - Domingo
Horário: 19 horas
Local: Rua Camilo Abdulmassih, 354 - Andorinhas - Tupaciguara-MG

Informações: (34) 9141.1381 - Fabricio 

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Como as orações são respondidas?



Orar corretamente o Nam-myoho-rengue-kyo diante do Gohonzon é eficiente, simples e benéfico. Mas como extrair o máximo dessas orações?

A oração é uma alavanca que quando utilizada tendo o Gohonzon como ponto de apoio transforma qualquer situação.

"Deem-me uma alavanca e um ponto de apoio e eu moverei o mundo". Essa frase é atribuída a Arquimedes, inventor, matemático e físico grego. Fazendo uma analogia tem-se a Oração que corresponde a alavanca, o ponto de apoio é o Gohonzon e mover o mundo consiste em agir em prol do Kossen-rufu.

Mas para serem respondidas, a oração precisa de postura e a convicção de que não há oração sem resposta. Acreditar sinceramente e recitar Daimoku orando diante do Gohonzon com esta convicção é requisito para produzir benefícios em profusão. Deve ser realizada com foco, fervor e postura certas. Por exemplo, uma atitude vaga e dispersa durante a oração é como atirar uma flecha sem mirar o alvo. Devemos orar com uma forte e apaixonada determinação de concretização, do fundo do coração e com toda a vida - será infalivelmente comunicada ao Gohonzon.

O sentimento de gratidão e apreciação potencializa o tempo de realização. O importante é continuar orando até que sejam respondidas.

A oração purifica os desejos, transforma-os em sentimentos sinceros e os converte em energia vital que impulsiona a agir em prol da conquista. O resultado é sabedoria, força e coragem geradas no momento da oração.

A oração nada mais é do que desejarmos algo de todo o coração: com profunda fé, respeito e amor ao Gohonzon.

Quem responde nossas orações somos nós com fé e esforço. Se nossas orações serão ou não respondidas depende de nós e pode ter vários significados. Mas não há dúvida de que nossa vida começa a mudar de forma favorável a partir do momento em que começamos a orar. A "resposta" é a conquista de um estado de vida em que tudo passa a ser motivo de alegria e fonte para aumentar ainda mais a boa sorte. Orar gera um estado de vida amplo e forte. E a prática da fé capacita você a assumir a responsabilidade plena da sua própria vida.

O presidente Ikeda afirmou:

"Nós praticamos uma fé em que nenhuma oração fica sem ser respondida.(...) No entanto, haverá ocasiões (...) que isso não ocorrerá. (...) no final tudo seguirá a melhor direção possível. Isso fica claro quando depois olhamos para trás. (...) Se todas as nossas orações fossem imediatamente respondidas, acabaríamos a viver de forma indolente, evitando o esforço e o trabalho árduo. A vida é uma sucessão de acontecimentos. Enfrentamos todos os tipos de dificuldades. Assim é a vida. É graças a essa variedade que podemos conduzir uma existência realizada e feliz. Isso nos dá condições de crescer e desenvolver um estado de vida amplo e forte. (...) O budismo é bom senso. "

A recitação por si só já é o máximo da alegria porque o coloca em contato direto com a Lei Mística e em harmonia com o próprio Universo. Por isso, Nitiren Daishonin recomenda que independentemente do que aconteça, continue recitando o Nam-myoho-rengue-kyo.

Por isso, não precisa lamentar e nem reclamar. A oração é um momento de fusão com a Lei e deve ser realizada solenemente. Este é o grande tesouro deixado por Nitiren Daishonin que recomenda oramos até sentirmos alegria no coração. Ele não especifica um tempo, pois depende da fé. A oração correta é tão estimulante e empolgante que não dá vontade de parar.

Imagine uma situação que te incomoda, desanima e irrita. Essa reação negativa acontece porque seu itinen está focado nessa realidade. A oração correta faz você focar na Lei, que possui a máxima energia e sabedoria. Aí, naturalmente, desaparecerão imediatamente as sensações negativas e será criado valor positivo. O benefício é justamente vencer em meio a realidade, qualquer que seja a situação.

No trecho das partes 48 e 50 do capítulo "Kanto" ("Brava Luta", tradução não-oficial) do romance Nova Revolução Humana, vol. 23 de autoria do presidente Ikeda, o seu pseudônimo Shin-iti diz:

"[...] Ao orar, é importante fazê-lo com toda força, determinação e fé de que todos os desejos se tornarão realidade. Como é uma oração em que mestre e discípulos, isto é, os Bodhisattvas da Terra que lutam pelo Kossen-rufu estão unido o coração, não há como os desejos não serem concretizados. Ao recitarem o Daimoku com o juramento Seigan pelo Kossen-rufu, estarão realizando a oração dos Bodhisattvas da Terra. Por isso, nessa oração estará imbuída a força que move todos os deuses e divindades budistas e o grande Universo, e tanto vocês como suas famílias serão protegidos. Seus desejos individuais também serão concretizados. Além disso, orar incansavelmente pelo Kossen-rufu é o caminho direto para conquistar uma elevada condição de vida e realizar todos os desejos. Nesse sentido, é importante que a decisão e a oração sejam muito claras e concretas como, por exemplo: "Hoje eu quero falar sobre a prática da fé para aquela pessoa"; "farei com que ela possa participar numa reunião de palestra", ou ainda, "permita-me conseguir um emprego para comprovar a grandiosidade do budismo"; "quero curar essa doença para poder me dedicar ao máximo nas atividades da Soka Gakkai". Quando as orações são concretizadas, uma grande alegria emerge da vida. E isso se tornará uma nova energia e entusiasmo para empenhar-se ainda mais.''
 
 
FONTE: Jornal Brasil Seikyo, Ed. 2039, Ed. 12/06/2010

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Jamais permita que roubem seus ânimos



Por Daisaku Ikeda

Desde que se converteu ao budismo, Shin-iti Yamamoto veio observando todos os tipos de líderes veteranos. Houve aqueles com mania de grandeza, que gostavam de alardear feitos grandiosos, mas eram desregrados com bebidas alcóolicas ou as finanças e viviam de maneira desordenada, imersos em problemas. Outros agiam com prepotência e arrogância e feriam sem receio o coração de muitos companheiros. Houve ainda os dissimulados que não realizavam a prática e as atividades na base com honestidade mas mantinham as aparências com astúcia e se autopromoviam.

Por essa razão, Shin-iti jurou para si mesmo que construiria com as próprias mãos a organização ideal, aquela na qual ele afirmaria com total orgulho: “Esta é a verdadeira Soka Gakkai”.


A VERDADEIRA JUSTIÇA



Mesmo que justifique seu retrocesso na fé tomando como referência esses maus líderes veteranos, no final, quem sofre e quem perde é somente você. Não é porque o outro está errado que você é o certo.

Justiça do ponto de vista do budismo significa você manter a fé e persistir na prática até o fim independentemente do que aconteça. Fazer assim é a própria revolução humana, a transformação do seu destino e a conquista da condição de felicidade absoluta. Nitiren Daishonin adverte: “Independentemente de a pessoa ser tentada pelos bons ou ameaçada pelos maus, se ela abandonar o Sutra de Lótus, conduzirá a si própria ao inferno” (END, v. 4, p. 201). É desejável que todos os líderes tenham:



(1) prática da fé forte e vigorosa;

(2) caráter admirável;

(3) conquistem grande confiança social.



No entanto, a maioria ainda está se desenvolvendo, em meio à árdua luta visando esse objetivo. Por isso, certamente podem ocorrer embates mútuos, devem envolver o outro com um coração forte e amplo e prosseguir avançando abrindo caminhos do Kossen-rufu empenhando-se sempre para criar união entre as pessoas. Agir assim garante seu crescimento individual. O local para exercer a prática budista nos Últimos Dias da Lei é em meio ao tumulto da multidão de seres humanos desvairados.

Em vez de se deixarem levar por qualquer simples movimento das pessoas:



(1) tenham o mestre no coração;

(2) creiam na verdadeira lei;

(3) objetivem a sua revolução humana e sua iluminação;

(4) avancem junto às atividades da Soka Gakkai.



No Sutra Nirvana surge a fábula do Menino Montanhas Nevadas (Sessen Doji). Diante dele, que realizava seu exercício budista de bodhisattva na Montanha Nevada, surge um demônio faminto que lhe transmite a metade de um ensinamento do Buda. O menino pede para que o demônio lhe ensine a outra metade e promete em troca oferecer o próprio corpo como alimento. Após ouvir a outra parte do ensinamento, joga-se do alto de uma árvore para dentro da boca do demônio.

Subitamente, o demônio se transforma em Taishaku e acolhe o menino em seus braços. Louvando a postura de Sessen-doji, de não poupar a própria vida pelo budismo, Taishaku lhe explana sobre a iluminação. Algo que não se pode perder de vista ao ler essa parábola budista do Sessen-doji é que o menino se lançou para a boca de uma divindade budista disfarçado de demônio. Acredito que esse cenário tem o significado de um alerta, e nos ensina que, no nosso caminho em busca da Lei, não podemos ser influenciados de maneira alguma por aspectos como caráter, status social ou cargo do outro. Independentemente de quem e como ele seja — mesmo um demônio —, devemos manter nossa busca constante e contínua à Lei, sem qualquer hesitação, pois esse é o caminho para a nossa iluminação.



Parábola do brâmane que suplica pelo olho


Por outro lado, no Tratado sobre o Sutra da Perfeita Sabedoria (Daichido-ron), existe a parábola do brâmane que suplica por um olho. Conta-se que Sharihotsu, em seu empenho para obter a iluminação por meio da prática do Caminho do Bodhisattva, deparou com um brâmane que pediu que lhe doasse um dos olhos. Sharihotsu arranca um de seus olhos e entrega ao brâmane, mas este sequer lhe agradeceu. Pior, disse que o olho doado era fétido, cuspiu nele, jogou-o no chão e ainda pisou sobre ele. Sharihotsu ficou indignado. Pensou: “Não conseguirei salvar alguém como ele!”, e acaba por abandonar a prática do Caminho do Bodhisattva.

É um sentimento muito natural no ser humano ficar mais motivado e se dedicar com mais entusiasmo na mesma proporção com que suas ações e seus resultados são valorizados ou elogiados pelos outros ao redor. É responsabilidade do líder reconhecer e destacar aqueles que dedicam sinceros e admiráveis esforços, louvá-los e incentivá-los.



JAMAIS PERCA A MOTIVAÇÃO



No entanto, mesmo que seus esforços não sejam reconhecidos ou valorizados, jamais pode acontecer de alimentar ódio ou rancor pelos líderes ou pelas pessoas à sua volta; tampouco perca a motivação por isso. Esse tipo de atitude apaga todo o benefício e toda a boa sorte acumulados e interrompe o seu desenvolvimento. A prática budista é uma batalha contra a maldade que existe dentro de si. A maldade se utiliza de todos os tipos de táticas e artimanhas para roubar o ânimo das pessoas que tentam se dedicar bravamente em prol da fé. A maldade age para destruir seu coração. Pode acontecer de vocês serem invadidos por pensamentos como: “Por que só eu tenho de fazer tudo isso?”, "Por que só eu sofro tanto assim?" Contudo, o Gohonzon está ciente de tudo. Sob a luz do princípio de causa e efeito da vida, quanto mais dedica esforços e se empenha na prática budista, mais acumula boa sorte na vida. 
 
FONTE: Jornal Brasil Seikyo Ed. 2164 e 2166

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

CARMA



No Ocidente, costuma-se associar a palavra “destino” a carma. Contudo, “destino” e “carma” possuem bases de ensinamentos e crenças totalmente distintas.

Entre alguns dos significados da palavra “destino” estão: encadeamento de fatos supostamente fatais, fatalidade; fado, sorte ou ainda, entidade misteriosa que determina as vicissitudes da vida.1 Esse termo está intrinsecamente ligado à crença da existência de um ser supremo, que predetermina para cada ser uma sorte e condições diversas, conforme sua vontade e consideração. Cada pessoa vive sua existência sobre trilhos já preestabelecidos. As pessoas, nesse caso, são meros coadjuvantes numa grande peça teatral na qual não lhes cabe a opção de alterar seu roteiro.

A palavra “carma” tem sua origem no sânscrito karma ou karman e significa “ação”. O budismo prega que a vida é eterna e que é o carma que determina a trajetória de uma pessoa, ou seja, as ações por ela praticadas é o que traça sua sorte nesta existência e nas futuras, assim como suas ações de um tempo passado são os fatores que definiram sua realidade atual. Ao estabelecer um paralelo com o termo “destino”, pode-se dizer que carma é uma espécie de destino que está constantemente sendo atualizado e alterado conforme as ações do indivíduo, sendo ele o único responsável, tanto pelo presente como pelo futuro. Neste caso, cada pessoa é protagonista de sua grande peça na qual ela própria é roteirista e diretor.
As ações às quais o budismo se refere são identificadas como três: física, verbal e mental. Isso significa que uma pessoa forma o carma pelos seus atos, suas palavras e seus pensamentos. Mesmo que não se traduza os pensamentos em palavras ou atos, e mesmo que ninguém mais saiba, essa “ação” em si já registrou um efeito para sua vida. Outro princípio budista a ser observado é a lei de causa e efeito que elucida que toda causa produz ou registra seu efeito no exato momento em que foi praticada, sendo que esse efeito pode se manifestar imediatamente na vida da pessoa, num tempo futuro, na existência seguinte ou mais além, dependendo do grau de importância dessa causa, tanto boa como má, e ainda conforme estímulos e condições externas. Para cada causa, haverá sempre um efeito correspondente.

A seqüência para a formação do carma ocorre da seguinte maneira: primeiramente, as intenções —tanto positivas como negativas— agem na mente da pessoa. Em seguida, essas intenções originam palavras ou ações manifestas. Os efeitos dessas causas (pensamentos, palavras ou ações) ficam registrados na vida como uma espécie de força ou energia latente que irá compor seu “destino”.

O grau do carma que a pessoa forma depende da força da intenção. Quanto maior for, mais intenso será esse registro. Por exemplo, quanto maior o ódio que uma pessoa alimenta, maior será o grau do efeito que se manifestará em sua vida. Conforme os pensamentos ou intenções vão sendo expressos em palavras ou ações, o grau do carma formado torna-se cada vez maior. A quem é direcionado esse ódio também é um fator que deve ser considerado. No Gosho “Carta aos Irmãos”, Nitiren Daishonin exemplifica essa questão: “Para simplificar, se alguém golpear o ar, seu punho não ficará ferido, mas se bater numa rocha, sentirá dores... A gravidade de um pecado depende de quem ferimos.”

Todo o carma formado a cada instante da vida é acumulado num repositório chamado alaya, ou oitava consciência. Todas as experiências são depositadas nessa consciência e elas o acompanham por todas as existências, passando pelo ciclo de nascimento e morte. As ações cármicas, positivas e negativas, continuarão a existir na consciência alaya até que encontrem situações propícias para manifestar seus efeitos. A força dessas ações depositadas como energia latente nunca diminui nem desaparece por si só. Ela sempre se manifestará. Mas, como tudo depende de cada indivíduo, ele próprio possui as condições de transformar seu mau carma e direcionar sua vida para a felicidade, além de amenizar seus efeitos cármicos. O modo mais rápido para obter essa transformação é recitar o Nam-myoho-rengue-kyo, ou a Lei Mística que permeia todo o universo, e atuar em benefício de outras pessoas realizando o bem maior, ou ensinar-lhes o caminho dessa felicidade.
 
FONTE: REVISTA TERCEIRA CIVILIZAÇÃO, Ed. 396, Agosto de 2001